Monday, July 28, 2008

Para ler ouvindo:
Damien Rice - Cannonball


Quanto se pode exigir de uma pessoa? Até onde é possível que se peça e, na medida do possível, seja atendido? Sinceramente eu não sei, e pelo menos hoje, pelo menos por hoje eu gostaria de saber. Saber até onde é possível e saudável ir.

Será o problema os outros? Bem, sinceramente não sei. Afinal, eu sempre caio nos mesmos problemas. Deve ser karma mesmo. Coisa de pele, sabe? Tipo mulher-de-malandro, que sempre se apaixona por malandro. Eu devo ser um homem-de-impossíveis. Nunca conheci alguém que tenha tantos relacionamentos impossíveis quanto eu.

Chego a me sentir um pré-adolescete de novo. Como se todo o mundo apenas conspirasse contra mim e nada jamais fosse dar certo na minha vida. Tá, nem chega a tanto e eu não mais acredito nisso, mas chego a cogitar a idéia.

Foda isso tudo acontecer no meu momento mais blue. Também pudera né, se eu nãoe stivesse assim talvez nem sentisse nada e tudo não teria passado de mais um fim de semana.

Como diz Tori Amos: "I'm so sad like a good book". É bem assim mesmo. Ultimamente tenho sido A Hora da Estrela e também um pouco de Tabacaria (Principalmente Tabacaria). E isso tem me matado por dentro.

Mas aprendi a usar minha bolha. Embora não esteja "nas melhores", eu aprendi a esconder de todos e só sentir isso dentro de mim mesmo. Não sei se isso foi mlehor ou pior, mas a graça é que pelo menos minha vida pessoal ficou mais pessoal. Que ninguém argumente que alguém que quer esconder a vida não tem blog... Oras, não fico aqui colocando minha cara a tapa a qualquer um.

Acabo de ouvir na letra de uma música "Far away is outside yourself", bem possível mesmo. Acho que o jeito vai ser eu reentrar apenas no meu eu e viver minha vida no meu mundinho interior. Todo homem é uma ilha.

Não, não estou desistindo. Nem da minha vida outside myself e nem dos planos que tenho. Mas apenas os farei com o receio de quem já tanto perdeu que o estranho seria acertar. Com o olhar de quem sempre achou que nada fosse dar certo, e na maioria das vezes não tem dado mesmo. Vou continuar por aí com o olhar de criança que descobre que o mundo não é um conto de fadas e que principes encantados não existem.

Só peço uma coisa: não falem de mim como um coitado. Não, isso não sou nem serei. Sou apenas um inafortunado. Isso, gostei dessa palavra. Tenho infortunios nessa vida estranha que vivemos todos.

Medo do futuro? Não! Medo do passado. Do passado que pode voltar a me assombrar. Medo de cometer os mesmos erros, medo de cair no mesmo poço.

Enfim, muito falei sem nada a dizer. Era essa minha intenção.
Brindemos ao fardo de nossa mísera existência.

1 comment:

Camila H. said...

"não tem ossos de vidro.
Pode suportar os baques da vida.
Se deixar passar essa chance, então,
com o tempo seu coração ficará tão
seco e quebradiço quanto meu esqueleto.
Então, vá em frente, pelo amor de Deus."


"quando chega a hora, precisa saltar sem hesitar."