Saturday, December 23, 2006

Trabalho de parto






[Ainda no útero]

Eis que depois de tantos projetos jogados fora, como tantos outros, esse blog se concretiza. Na verdade eu já até iniciei um, uma vez... Se eu não me engano há uns dois anos, mas aquele nem vale. Só escrevi no coitadinho e deixei-o lá... Caído... Jogado às traças. Mas acho que foi até melhor eu ter feito isso com ele. Naquela época, vamos dizer que eu era um pouco mais... “Incapaz”. É. Esse termo é melhor.

Sei que muitos, até mesmo aqueles mais próximos, vão dizer que blog é coisa do passado, que blog é coisa sem noção, coisa de inútil. Bem, em parte concordo com tudo isso. Está cheio de blog de “pessoas” que aumentam a gama de inutilidades públicas. Para se escrever sobre as bobagens do seu dia, seus segredos mais secretos, ou até mesmo a sua carta de suicídio, o único diário que ainda serve é aquele velho de papel com aquele cadeadinho quase de mentira trancando ele. (Acho que mesmo com toda a tecnologia, nunca vou conseguir largar o papel. No computador não se rabisca. E mesmo quando rabiscamos tentando fazer desenhos abstratos (¬¬) no paint temos o recurso de apagar. Por isso gosto tanto do papel. Nele eu escrevo e rabisco com vontade e de verdade. No papel as palavras se tornam eternas. Não há o botãozinho de apagar.)

Pois então. Esse será um blog de UTILIDADE PÚBLICA! Vou escrever apenas coisas consistentes. Ao menos para mim, é claro. Mas não vou ficar aqui chorando minhas lamúrias. E até mesmo quando eu quiser desabafar, vou usar o lado filosófico de tudo isso (porque diálogos inúteis, todo mundo já está farto). É óbvio também que não vou postar todo santo dia. Tenho mais o que fazer... ¬¬’



[Vendo a luz no fim do túnel]

Bem, o non-sense não é todo nonsense (sim, eu sei que se escreve nonsense, mas eu quis non-sense, oras... Então não me venham com chateações). Não espero que muita gente venha visitá-lo, nem desejo isso. Mas é claro que gostaria de ver alguns comentáriozinhos de vez em quando... Para que eu não perca o tesão nele. E voltando ao assunto, o nome do blog é non-sense porque eu sou nonsense. Por que quem disse e conseguiu argumentar que a vida tem que ser toda certinha? Nunca entendi essas pessoas que tem hora para tudo, que guardam tudo organizadinho, que casam quando fazem 25 anos, e todos esses clichês societológicos.

O non-sense está aqui para mostrar que ser non-sense é ser alguém. É ser você mesmo, sem medo das reações subversivas que provavelmente surgirão. Estou aqui para mostrar pensamentos, que nem sempre irão ser como os meus:

I do not agree with what you have to say, but I'll defend to the death your right to say it.

Voltaire.


Salve Voltaire. Usarei esse princípio por aqui. É claro que sempre darei também a minha opinião, mas mostrarei não somente aquilo que me agrada.

E viva a democracia. Essa palavrinha tão esquecida nos dias de hoje deveria ser o hino de vida e morte de todos os cidadãos do mundo. Quisera eu que todas as pessoas no mundo fossem conscientes de que todos têm seus direitos e seus lugares dentro da sociedade, da qual, forçadamente, fazemos parte.



[No berçário]

E o blog nasceu. Depois de tanto tempo ensaiando ele finalmente vem, e vem de uma vez só. Ainda é só um bebê. Necessita de cuidados constantes e muita atenção do seu dono aqui, mas enfim, saiu. Engraçado o blog ter nascido justamente hoje... Véspera de natal. Logo eu que sempre odiei natais. Nunca achei graça nos natais, nem mesmo quando era criança (sempre soube que papai noel não existia). Sempre fiquei quieto no meu canto, durante os natais. É... sempre fui meio solitário... Acho uma festa meio tosca. Está bem... O menino Jesus nasceu, supostamente, nesse dia. Está bem, então agora devemos fazer uma festa para comemorar a primeira refeição dele, comemorar o primeiro dentinho que caiu...

Sim, eu sempre fui meio solitário. Por isso desenvolvi a mega técnica de conversar com minha consciência. Mas eu tenho plena certeza de que ela é mulher... Só pode ser. Quando a infeliz fica de TPM, nem eu agüento. Saio eu, bem no meio da rua, e começo a ficar discutindo, conversando filosofando no meio da rua. Pareço um louco, todo mundo me olha como se eu fosse esquizofrênico, mas que se danem. Se ser esquizofrênico é ser assim, então eu não quero a normalidade.