Tuesday, September 30, 2008

[Dean]





Hoje, 53 anos da morte de James Dean

Monday, September 29, 2008

Sunday, September 28, 2008

Na Lista para ser visto.

Thursday, September 25, 2008



De uns tempos para cá, eu tenho sido nada mais do que um qualquer.

[Believe]


Quando alguém te disser que sempre sempre dá para as coisas piorarem, acredite!

Wednesday, September 24, 2008

[Garden]


"Mas toda semente quer brotar, todo feto quer nascer, todo sonho quer se realizar. Sementes que não nascem, fetos que são abortados, sonhos que não são realizados, se transformam em demônios dentro da alma. E ficam a nos atormentar. Aquelas tristezas, aquelas depressões, aquelas irritações - vez por outra elas tomam conta de você – aposto que são o sonho de jardim que está dentro e não consegue nascer. Deus não tem muita paciência com pessoas que não gostam de jardins..."

Rubem Alves

Tuesday, September 23, 2008

[Além do que se vê]


Tem um colega meu na escola que quando me vê não aceita um simples aperto de mão. Para ele, não há cumprimento sem abraço. Tão logo me vê, ele me dá um super abraço de urso que me deixa quase sem reação. Me sinto fofo, warm, cálido. Claro que ele não sabe disso e eu também não faço a mínima questão de contar, apenas acho isso intrigante e deveras confortável para mim.

Ao mesmo tempo, todo dia quando chego em casa, não consigo mais me habituar. É sempre um fogo cruzado de trocas de "afetos" que tem me deixado sinceramente magoado. Pensei que isso só ocorresse enquanto se é um adolescente, mas descobri que não. Talvez incomptabilidade, sei lá. É fato que minha família sempre fez questão de tentar me mostrar quão diferente eu sou: o primo nerd, o filho "branco", o sobrinho que as-vezes-nem-se-lembram.

Já até me acostumei a me sentir "o estranho". Mentira. A diferenteça é que agora sei que não sou estranho, tampouco estou sozinho. Não sou o único a curtir new rave; a entender, de fato, quem foi Yves Saint Laurent ou a colecionar fotos. Não, não sou estranho, sou apenas eu.


Já me acostumei a ser chamado de doido (e nesse instante em que escrevo, meu irmão entrou no quarto, apagou a luz saiu e nem deu conta de que eu estou aqui). Ultimamente tenho dito que eu mesmo vou me internar so soon. Eles devem achar que eu brinco. Algo a fazer? Não sei. Sei que é difícil, e chato. E no fundo, eu começo a entender verdadeiramente meu amigo Diego. O que entendo? Deixa para lá, cedo demais para fazer esses comentários, mas ele vai entender. E no fundo, eu também.

Monday, September 22, 2008

[Aconteceu uma vez]


"O amor que choveu" 

Era uma vez um menino que amava demais. Amava tanto, mas tanto, que o amor nem cabia dentro dele. Saía pelos olhos, brilhando, pela boca, cantando, pelas pernas, tremendo, pelas mãos, suando. (Só pelo umbigo é que não saía: o nó ali é tão bem dado que nunca houve um só que tenha soltado).

O menino sabia que o único jeito de resolver a questão era dando o amor à menina que amava. Mas como saber o que ela achava dele? Na classe, tinha mais quinze meninos. Na escola, trezentos. No mundo, vai saber, uns dois bilhões? Como é que ia acontecer de a menina se apaixonar justo por ele, que tinha se apaixonado por ela? O menino tentou trancar o amor numa mala, mas não tinha como: nem sentando em cima o zíper fechava. Resolveu então congelar, mas era tão quente, o amor, que fundiu o freezer, queimou a tomada, derrubou a energia do prédio, do quarteirão e logo o menino saiu andando pela cidade escura ― só ele brilhando nas ruas, deixando pegadas de Star Fix por onde pisava.

O que é que eu faço? ― perguntou ao prefeito, ao amigo, ao doutor e a um pessoalzinho que passava a vida sentado em frente ao posto de gasolina. Fala pra ela! ― diziam todos, sem pensar duas vezes, mas ele não tinha coragem. E se ela não o amasse? E se não aceitasse todo o amor que ele tinha pra dar? Ele ia murchar que nem uva passa, explodir como bexiga e chorar até 31 de dezembro de 2978. 

Tomou então a decisão: iria atirar seu amor ao mar. Um polvo que se agarrasse a ele ― se tem oito braços para os abraços, por que não quatro corações, para as suas paixões? Ele é que não dava conta, era só um menino, com apenas duas mãos e o maior sentimento do mundo. Foi até a beira da praia e, sem pensar duas vezes, jogou. O que o menino não sabia era que seu amor era maior do que o mar. E o amor do menino fez o oceano evaporar. Ele chorou, chorou e chorou, pela morte do mar e de seu grande amor. Até que sentiu uma gota na ponta do nariz. Depois outra, na orelha e mais outra, no dedão do pé. Era o mar, misturado ao amor do menino, que chovia do Saara à Belém, de Meca à Jerusalém. Choveu tanto que acabou molhando a menina que o menino amava. E assim que a água tocou sua língua, ela saiu correndo para a praia, pois já fazia meses que sentia o mesmo gosto, o gosto de um amor tão grande, mas tão grande, que já nem cabia dentro dela.


Antonio Prata

Ps: eu sei que tem tempo que não escrevo nada meu. Foi mals, mas prometo fazê-lo em breve.

Saturday, September 13, 2008

[Dans Paris]


-Orgulhoso de você? Você está orgulhoso? Era isso que você queria, certo? Certo?
- Você está bêbada!
- Eu não estou bêbada.Acredite, eu fico bêbada se você quiser. Mas eu posso beber litros e não ficar bêbada. Por nós, eu não vou ficar bêbada.Eu entendo tudo sobre mim.
- Bom para você!
- Eu sei disso. Eu sei. Você não sabe nada! 
- Você sempre foi forte.
- Orgulhoso de não trepar com a mulher que te ama?
- Você me ama?
- Ser amado não significa que tudo está bem. Isso não significa que você é meu e que eu sou sua.

Wednesday, September 10, 2008

[Pictures]

Aqui estão umas das últimas fotos que eu vi e que gostei. Fotos que mostram sem querer mostrar, sacam? Aquele tipo de foto que não precisa de 5645212315489 megapixels para sair perfeita. na verdade, são fotos que quanto mais imperfeita melhores. Gosto dessas.

[Leminski]

Monday, September 8, 2008

[Never, ever, ever, ever underestimate the power of "I'd like that"]

 John Mayer - Gravity

So I was thinking' about relationships and about how it pertains to songs about relationships, and uh, I was trying to think, well it occurred to me that the key, I figured out the key to a relationship and how to make it work. Check it out, this is, this is, a tip from your uncle John, check it out: when you first meet somebody, you find out they like you, first of all, a friend of a friend of theirs say, he or she really really likes you, and it kills you, floors you, sends you to the ground, you've got to pick yourself up off the ground; then you get their phone number and you call them up, right, and you say "Yeah, that's a really great phone conversation, can I see you some time?" and then they say this, they say, "I'd like that."

Nothing feels better than "I'd like that".

So now, your blood pressures' going, you're six feet off the ground, you can't sleep, because of "I'd like that". So then you hang out for a while, and you call and you talk on the phone all the time, and then you drop the bomb, what feels like the bomb, you say, "You know what, I've been thinking about you a lot." And she goes, "Ahhhhhhh!" And you go "What happened?" and she goes, "I'm sorry, I just, I just, I just, that's, I've been thinking about you too." Bam. Higher into the sky.
But now "I'd like that." Tch. Done. Now you're up to "I'm thinking about you." Then however number of months pass, it makes you feel comfortable saying it, you say, "I gotta tell you something." They go "What?” you go "I'm in love with you." And nothing in the world sounds better than "I'm in love with you." And then maybe she starts crying, or maybe he goes "*gasp*". And all the sudden you're like "I'm in." But now what doesn't work?; "I'd like that." and "I've been thinking about you."

Now we're at "I'm in love with you."

Then maybe someday it'll move up to "I love you." Fast forward, now you're like "I love you a lot; I love you more than anything in life." Now "I love you." doesn't work. It's a threshold that keeps moving up. Fast forward, like six months, six weeks, whatever the case may be, now you're on like, "I want to marry you." "I want to impregnate you with my love." "I wanna, I wanna just send my love to you." "Damn it, words don't work anymore." And then you say this line, and you know, you know you've used this line before, "I just wish they'd put a new word in the dictionary bigger than love because love just doesn't describe what I feel." And so now he or she starts asking, "Do you love me?" and you start going, "Of course I love you." "Well say it." And then it becomes "Say it twice." And it goes "Say it three times."
And then, you cross a really interesting point, where all the sudden it becomes "I hate you, I hate you." And you go, "Oh my god she hates me." And now it's like "I hate you more than anything." And then it's like "We're over." And then they go "No we're not." And you go "Yes we are."

Now the words completely do not work at all, you're left with nothing. You're throwing punches under water. You're done. You know what the moral of that story is, if there is one:

Never, ever, ever, ever underestimate the power of "I'd like that."

(John Mayer)

Sunday, September 7, 2008

[Vinho e Vodka]

 Semisonic - Closing Time


"Vamos brincar, amor? vamos jogar peteca 
Vamos atrapalhar os outros, amor, vamos sair correndo 
Vamos subir no elevador, vamos sofrer calmamente e sem precipitação? 
Vamos sofrer, amor? males da alma, perigos 
Dores de má fama íntimas como as chagas de Cristo 
Vamos, amor? vamos tomar porre de absinto 
Vamos tomar porre de coisa bem esquisita, vamos 
Fingir que hoje é domingo, vamos ver 
O afogado na praia, vamos correr atrás do batalhão? 
Vamos, amor, tomar thé na Cavé com madame Sevignée 
Vamos roubar laranja, falar nome, vamos inventar 
Vamos criar beijo novo, carinho novo, vamos visitar N. S. do Parto? 
Vamos, amor? vamos nos persuadir imensamente dos acontecimentos 
Vamos fazer neném dormir, botar ele no urinol 
Vamos, amor? 
Porque excessivamente grave é a Vida."

Vinicius de Moraes

Friday, September 5, 2008

[Bonecas Russas]


- Você é o homem perfeito.
- Engano seu. Eu não sou perfeito. Se tem alguém errado na terra, sou eu!
- Foi o que eu disse: você é perfeito.
- Acho que não sou quem você pensa que eu sou.
- Sei que você nem sempre é perfeito...que tem problemas, defeitos, imperfeições, mas quem não tem? Eu gosto dos seus problemas...me apaixonei por seus defeitos. Eles são fantásticos.

Thursday, September 4, 2008

[Church]


Em um poema de uma grande poetisa lusófona, cujo nome deixo escondido sobre a obscuridade de minhas palavras, por vezes em três palavras, algumas delas de teor chamado por alguns de sujas, são elas "Fodo", "Poder", "Lascívia"

Por horas indescritíveis cujos relógio me recusa a contar-me verossimilmente, tenho refletido sobre elas. Meu breve testemunho delas (breve pois o poder do pensamento, não há palavras suficientes no mundo para descrevê-lo) deixo-o por aqui.

Foder. Palavra simples e singela. por vezes jogada no limbo do baixo calão, ouso por dizer, não de forma preconceituosa, mas apenas corriqueira, no esquecimento popular. Esquecimento pois parecem esquecerem-se do lirismo presente nela. Sim, lirismo. Afinal, nada mais lindo que o sexo: o amor supérfluo de duas carnes, o amor eterno de duas almas.. Quantos poetas já não choraram sobre o manto venal da lua dos amantes. Quantos traídos já não se matamram por verem o seu sexo compartilhado com outro ser. Quantas putas já não fizeram do amor próximo o seu meio de sobrevivência diário. Não se engane ao ouvir as minhas blasfêmias e cogitar colocá-las em prática. Não! Eu não falo para alguém me seguir. Na verdade, eu não falo para alguém me ouvir tampouco para crerem em mim.

Poder. Substantivo, adjetivo, advérbio ou verbo? Não, gramáticos. Não me venham com explicações puras. Substantivo no que diz a nomear algo. Adjetivo ao qualificar uma a ação banal feita por alguém importante. Advérbio por ser capaz de modificar ações e mover montanhas ou ainda verbo por ser uma ação, direta ou indireta, por ou sobre alguém.

Lascivia. recuso-me a olhar no vernáculo semântico da lusofonia seu significado. Recuso-me porque desta forma dou a ela sentidos mais variados e que se adequem 
àquilo que quero pensar no momento. Confesso ser issod everas melhor do que crer numa explicação fria de um livro sem literatura. Sim, prefiro acreditar apenas no "fodo contigo, poder, lascívio" (que a finada poetisa me perdoe pela troca do gênero).

E o que eu quis ao dizer isso? respondo: nada dizer. Já dizia Chacrinha: "Eu não vim para explicar, eu vim para confundir".