Carne. Sangue. Vida.
Será o prazer da carne o mesmo da alma
ou apenas mais uma brincadeira da natureza?
Amar dentro. Amar fora. Amar todo. Sê todo. Sê inteiro.
Se não todo, senão todo.
Me chame. Me chame com aquela tua voz que eu nunca ouvi
mas que sei que um dia você há de utilizá-la
e tu, assim como eu, sabes que ao usá-la tornar-me-á teu escravo
tu será meu amo e eu serei nada mais do que uma marionete na tua mão.
Grite por mim que eu te venho veloz,
grite meu nome que me faço fogo para queimar em ti.
Use minha boca na tua e prove, em ti, o calor do meu corpo moreno,
o sabor da minha carne viril.
Abuse de mim. O uso prolongado se torna abuso. Então, me use eternamente.
Abuse desse objeto teu. Contigo, sou nada mais do que uma carne pulsante que só responde aos teus atos
Uma alma vazia que se esvaiu para teu corpo. No teu corpo somos uma alma só
e no meu nada.
Me jogue no teu rio e me faça correnteza.
Mas me permita que eu te use, te abuse.
Que eu te sinta em mim, dentro de mim. Que tua boca se una com a minha
Que teu sexo encontre o meu.
Tua lingua em meu corpo cálido, teu suor em mim.
Quero sentir-te
quero sentir teu gozo
quero sentir teu prazer
Ouvir seus gritos e sentir tuas unhas adentrando em minha pele
tamanho prazer
Só te restam dez chamamentos. Clame.
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