Thursday, June 7, 2007

[Finalmente]





Com o tempo a gente começa a aprender certas coisas que antes não sabiamos. E vamos aprendendo, aprendendo e aprendendo numa freqüência que parece não ter fim. Mas eu tenho a impressão que de tempos em tempos temos flashs que em poucos segundos nos fazem entender coisas que estivemos remoendo por tempos. É num pequeníssimo segundo que recobramos a consciência, é num espaço infinitesimal que acordamos e nos damos conta de nós mesmos, nossa posição, do que acertamos, erramos e aprendemos.


Cresci. Sei que cresci. Aliás, crescer é algo que crianças fazem. Já não era mais criança, portanto, amadureci. É fato: o mundo ficou mais feio, mas ao mesmo tempo mais vivível.



Os sonhos de criança se desenvolveram. É algo simples: Antes, estava dirigindo um carro numa manhã com neblina. Dirigia devagar, nunca ultrapassava os 40km/h, e tudo a minha frente estava enevoado, obnublado, difícil de ver; a viagem era mais fácil, mas eu sempre estava inseguro. Hoje, toda a neblina passou e posso ver a estrada. Minha velocidade é sem limite, mas ainda permaneço na casa dos 120km/h, mas é tudo muito claro e eu posso ver que o caminho a minha frente é mais tortuoso do que eu achei que fosse. E com toda essa velocidade, a viagem acaba sendo mais perigosa, mas finalmente tenho mais segurança em mim mesmo.


É impossível não crescer, é impossível não perder a fragilidade infantil, a inocêcia pueril. Estou perdendo o medo que tinha quando era criança: o escuro não me assombra mais, relâmpagos não me assustam.


Meu conceito de amor está mudado. Amizade se transformou em algo totalmente diferente (mas os amigos de ontem, continuam sendo o de hoje). O sexo desceu do pedestal, o palco abriu as cortinas e o espetáculo finalmente iniciou. Acabaram-se os ensaios, foi o fim dos erros banais.
Mas nem todos os meu redor fizeram o mesmo. Mas são apenas crianças, e não deve a mim o dever de ensiná-los. Caro amigo que lê isso: não se ensina como amadurecer, mas pode-se fazer isso da melhor ou da pior maneira – escolha a sua. Estou me abstendo de várias coisas, de várias pessoas, confesso. De muitos isolado, de outros irritado, e da maioria, cansado, fatigado.


E estou confiante. É mais reconfortante quando se pode olhar para frente e dizer tudo o que planeja fazer e perceber os caminhos necessários a isso. Eu vinha estando ‘aéreo’ por alguns dias, mas agora entendi o porquê. Foi melhor assim. Agora entendo. Agora vejo.


Sei que esse texto não vai ser entendido por muitos (isso se houver alguém que possa entendê-lo além de mim). Mas é assim que é. É assim.



5 comments:

Diego Rambalde Garcia said...

Nada mais a declarar.. Apenas pessoalmente...

Anonymous said...

- murilo, pode parecer um comentário clichê - conphesso que não gosto nem de phazer esse tipo de comentário, pelo phato de parecer não ter lido, mas...
o seu blog está muito bom.
ao entrar aqui eu tomo uma chicotada, daquelas que não ardem na hora, mas que doem pelo dia inteiro.

u.u
está muito bonito, irmão-amigo.

Anonymous said...

Bom, eu li o post depois de você me dizer, mas realmente ninguém vai sentir as palavras como você.
Eu estava pensando em criar um blog por esses dias, mas desisti facilmente da idéia. Seria bom se eu tivesse banda larga e não tivesse a perseguiçao do julgamento alheio até pela internet. Sem mais..te adoro, boa semana pra você querido.
ps: coloquei o link do seu blog no meu fotolog...visite-o.

:*

Pedro Marx said...

Into the flesh you are now.
Chegou à carne, agora só faltam os ossos.

Sempre com textos bons, bem refletidos sobre a sua pessoa.

E dá pra entender sim, quem te conhece (ou acha que te conhece) pode fazer uma idéia do que está falando.

Um abraço irmão.

Anonymous said...

Entendi msm ainda não te conhecendo mtt bem.
Possivelmente entendi pq me identifiquei.
Mas não dá pra saber se oq o seu texto me passou foi exatamente oq vc quis que ele passasse.
De qq forma, interpretações são sempre subjetivas né? ;)

Adorei!
=**