Sunday, February 4, 2007

Choices




“Coffee falls into the stomach ... ideas begin to move,
things remembered arrive at full gallop ...
the shafts of wit start up like sharp-shooters,
similes arise, the paper is covered with ink”


Honoré de Balzac








[Levianamente, ingenuamente. Advérbios que modificam.]



Difícil fazer algumas escolhas, não? Complicado ter que resolver aonde ir, como ir, para que ir, porque ir... Mais difícil ainda quando estamos tomando as primeiras decisões. Toda criança, por mais que queira escolher com qual brinquedo brincará, são seus pais que dão a decisão final. São seus pais que resolveram comprar o brinquedo e deixar o pequenino ser, ingênuo, brincar.

Mas a criança cresce... e eis que ela chega, fatalmente, à adolescência...

Oh quantas rebeldias vêm junto com ela... A maioria delas sem fundamentos, sejamos francos. São rebeldias que não mudaram e que nunca mudarão o mundo. Mas é necessário que ele passe por isso. Afinal, quem é o adolescente? Um retrato fiel de seus país é algo inaceitável demais para abaixar a cabeça e resignar-se. Ele quer saber quem ele é... E para isso passa a revoltar-se e ter um pouco mais de autonomia nas suas escolhas. Mas são escolhas ainda insignificantes... Escolher que tipo de roupa usar, escolher com quais amigos andar, escolher qual filme ver. São escolhas que não afetam diretamente a vida da pessoa.

Porém, nem tudo são flores... A idade adulta sempre chega.



[Fudeu]





Junto com a idade adulta surgem responsabilidades, tarefas, escolhas que você nunca havia feito. E são escolhas reais. Escolhas que necessitam de total firmeza, escolhas que podem mudar sua vida. Mudar tanto para melhor quanto para pior. Escolhas que te acompanharão até o leito de morte, escolhas que te levarão à morte, as escolhas que te farão melhor, que te salvarão.

Mas enfim, pela primeira vez, somos pegos de surpresa por algo que nunca fizemos: Decidir, escolher. Mas as escolhas devem ser feitas com o ‘pé-no-chão’ e não com o romantismo exacerbado dos tempos de mocidade pueril.

Não é tão simples quanto parece. Alguns dos seus sonhos, até mesmo aqueles mais antigos, que você os têm desde a infância, terão que ser deixados para trás. Tudo por conta das novas decisões.

Acho engraçada a maneira como alguns fantasiam, mas nunca tentam fazer por onde. A juventude tem aquele “que” de fazer tudo, a qualquer hora e em qualquer lugar. Mas simplesmente uma grande parcela abstem-se dessa coragem e ficam a fantasiar. Como já dito por alguém, castelos no ar de nada servem; castelos no chão fortificam-te eternamente.

Não somos mais crianças para deixarmos tudo como está e acreditar que tudo está perfeito. Infelizmente, nunca mais teremos a mentalidade infantil de crer que o mundo é um lugar bom. Nunca mais teremos a noção de que um super-herói poderá vir do nada e salvar toda a humanidade do colapso que pode estar por vir.



[A arquitetura da vida]





Construir uma vida não é tarefa fácil. Construir nossa vida é uma tarefa dificílima, que só pode ser concluída por nós mesmo. Não adianta idealizar que é só ‘deixar a vida te levar’. Não há, simplesmente, uma maneira de irmos e irmos e irmos...

É tortuosa a maneira como caminhamos por ela. O mais engraçado é que todos vamos rumo à morte. O que será a conclusão de nossa vida senão o nosso dia póstumo? O destino final do ‘caminho’ fica onde, senão no seu falecimento.

É... Mas ninguém disse que viver tinha que fazer sentido. Um dos maiores paradoxos do mundo é a vida. Os questionamentos acerca da vida são quase intermináveis. Mas pelo menos alguns tentam. Medíocres os que, nem ao menos, tentam compreender o sentido dado, por você, a si mesmo.




DEPOIS DE ALGUM TEMPO - WILLIAM SHAKESPEARE
 

3 comments:

Pedro Marx said...

Bá, bé, bí, bó ...
Adorei Mu, é aquela coisa né, vivendo e aprendendo, quem sonha muuuito e tem pouca informação sempre acha que poderá tudo.

Todos temos opções, o lance é saber usá-las com sabedoria, o que eu não faço muito e muita gente também não. hehehe

No mais, tu falou tudo mano.
Aliás, eu poderia até apagar tudo que disse e só falar: "Concordo com tudo que tu disse", maaas, como gostei do post, resolvi encher um pouco a linguiça. hehehe
;D

Hum abraço mano.

Anonymous said...

eii
eu não vou encher linguiça como o pedrok disse.

mesmo pq não tem oq dizer...esses seus textos são tão magnificos que ao lê-los vem imagens na minha cabeça de coisas que fiz e sei pq fiz, e tal.

é foda d+

adoro vc muito.
amigo,homem,autor,amor.

Luis Gustavo Brito Dias said...

será que eles leram sheakespeare?

bem, eu concordo bastante com seu pensamento, mas tem algo que não julgo totalmente certo. o phato de você ter dito que sonhos adolescentes não phazem total senso. acho que não podemos generalizar. existem pessoas grandiosas, mesmo menos maduras, têm palavras conphortantes e ou questionantes.
No mais, está mais que bom, cara.
o/
Ainda mais com o link do inglesinho philho da p***.