Wednesday, September 23, 2009

[Confessions on a blog floor]





" Tenho medo de já ter perdido muito tempo. Tenho medo que seja cada vez mais difícil. Tenho medo de endurecer, de me fechar, de me encarapaçar dentro de uma solidão - escudo".

Caio Fernando Abreu


É, Caio, confesso ter esse mesmo medo de você. Medo de que a vida tenha me tornado uma pessoa dura, um avião sem asas, ou alguma coisa inexplicavelmente fora de mão mas que pode ser conparável.

Talvez seja devido a esse medo que tenho estado precavido disso tudo. Descobri que o melhor é viver demais, o melhor é sofrer e aprender demais. Talvez nem tudo sejam flores, mas até alguns espinhos passam a ser interessantes quando não se fura os dedos neles. As coisas, quando doem muito, marcam. Quando doem pouco, lembram. 

Não que tudo tenha estado melhor, porque obviamente não está e seria pura ingenuidade minha dizer que tudo finalmente se ajeitou. Mas devo dizer que já não sofro mais. Devo dizer que o que me doi agora é muito menor comparado aquilo que doia. Acho que é melhor assim, nem tudo pode ser da maneira como queremos que seja, mas obviamente o que acontece é sempre o melhor que podemos esperar que aconteça. Afinal, seria inutil esperar que tudo pudesse ser diferente. Claro que podia, mas já não pode mais e não há nada de diferente que possa ser feito.

O tempo passou e as coisas passaram. Eu passei. Eu evoluí. E os outros? Bem, deveras estranho querer que todos sejam igual a você. Estranho não, a melhor palavra seria ingênuo. Mas é de se esperar que chegam perto daquilo que você é. Não nas coisas que gosta, muito menos nas coisas que faz, mas é humano esperar que duas, três ou mais pessoas estejam num mesmo grau de maturidade, de expectativa que você. Afinal, não é de se pedir demais que um adulto aja como tal.

Tenho descoverto coisas novas, que talvez nem sejam tão novas assim, mas foi agora que me lembri delas. Acho que tenho uma queda por finais de ano. São geralmente muito mais interessantes do que o começo. Este começo de ano foi deveras curioso, um mundo novo se abriu na minha frente e eu resolvi abraça-lo, e ao mesmo tempo enfrentá-lo, desbravá-lo. Mas dentro de mim, as coisas foram diferentes. Por muito tempo algo me pertubou e eu não soube dizer o que era. mas agora sei porque deixei isso de lado e tenho estado muito melhor. Igual ao que aconteceu ano passado. Talvez o ciclo de Brahma nem esteja tão errado assim.

Quero tentar coisas novas e descobrir o que mais me faz bem. Coisas normais, exóticas, supérfluas. Passar a noite acordado estudando mas com um amigo ao lado é bom. Comer por obrigação é ruim. E por assim segue a vida. São tantas coisas boas a se descobrir, tantas coisas ruins a se experimentar. E desejo todas. Black or White.

As coisas boas da vida devem ser compartilhadas e guardadas no fundo do heart.

Sabe, o melhor de tudo sou eu. Minha valorização chegou e quero que tenha chego para ficar. Porque eu sou o melhor que posso encontrar e querer para mim. Além de poder ser o melhor que se pode ser porque para mim, eu devo me bastar e eu me basto. Me basto porque me gosto. Porque me amo (finalmente, ein pandinha).

Por hoje é apenas isso. Ou talvez seja mais que isso. restam tantas horas ao longo do dia. E como dizem há séculos: Carpe Diem.